Herberto Helder frequentou a Faculdade de Direito, mas abandonou o curso para se inscrever em Filologia Românica, que também não terminou. Ao longo da sua vida colaborou em diversos jornais, entre os quais o “Jornal de Letras e Artes” e, em 1969, foi director literário da editorial Estampa. Foi também meteorologista na Madeira, delegado de propaganda de produtos farmacêuticos e redactor de publicidade em Lisboa. Frequentou o grupo do Café Gelo, formado por Mário Cesariny, Luiz Pacheco, Helder Macedo, João Vieira e António José Forte.
Em 1958, o poeta publicou o seu primeiro livro, “O Amor em Visita”. Nos anos seguintes viveu em França, Holanda e Bélgica, tendo vivido na clandestinidade em Antuérpia. Em 1960 regressou a Portugal e tornou-se encarregado das bibliotecas itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian. Foi para Angola em 1971, como repórter de guerra, sofreu um grave acidente e esteve hospitalizado três meses. Regressou a Lisboa e partiu novamente para os Estados Unidos, em 1973, ano em que publicou “Poesia Toda”. Regressaria a Portugal depois da Revolução de Abril, em 1975, para trabalhar na rádio e em revistas e foi editor da revista literária Nova. Foi também tradutor de poesia.
Em 1994, foi-lhe atribuído o Prémio Pessoa pela sua obra que, segundo o júri, iluminava a língua portuguesa. Herberto Helder, no entanto, recusou a distinção, uma das mais importantes atribuídas em Portugal. Recusou também o Prémio Pen Clube na modalidade de Poesia. Manteve-se durante toda a vida à margem das honrarias e dos prémios.
Graça Pires
Herberto Helder nunca nos deixará, porque fica, para sempre. no coração de quem ama as suas palavras.
Um beijo, Maria João, Minha Amiga.
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Maria joão Cantinho
Querida Graça, tem toda a razão. Um grande beijinho e obrigada!
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