Uma poética da Música

António Carlos Cortez é uma voz destacada na poesia portuguesa. Além de premiado por diversas vezes (em 2011 pela obra «Depois de Dezembro», pela SPA; em 2017 foi Prémio APE, com «A Dor Concreta» e Prémio nacional Ruy Belo e Prémio António Gedeão/FENPROF pela obra «Jaguar». Ainda prémio de poesia APE/Maria Amália Vaz de Carvalho, […]

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«A Vocação Suspendida», de Lauren Mendinueta

Poeta, tradutora, professora universitária, Lauren Mendinueta é um caso singular da poesia colombiana. Radicada desde 2007 em Portugal, começou a publicar muito jovem, mais concretamente em 1998, com Carta desde la aldea, em 1998. Desde aí já publicou 11 livros de poesia — na Colômbia, México, Espanha, Perú e Portugal — e várias obras como […]

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A tartaruga de Bob Wilson

Podemos ver nesta obra como a presença da memória e da cultura literárias consolidam uma poética que estabelece permanentemente um diálogo com obras e autores da literatura universal, com o cinema, além de uma atenção constante à observação do quotidiano. A palavra aparece aqui como «um movimento do coração» (Neves, 2018, p. 9) que procura dar conta de uma fidelidade ao real, como diz o poeta: «acompanhar o ritmo ser-lhe pontual/ eis o mais próximo que podemos ambicionar/ de uma ideia de permanência» .

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Dois poemas inéditos

Tulcea   Tulcea, que agora se afunda nos braços da noite, deixa atrás de si o rumor quieto das águas e a oscilação calma dos barcos, numa despedida do verão. Deixo que a noite invada os rostos e que a escuridão engula as vozes, que cantam a nostalgia, sem nome.   Adormecerei neste lugar, em […]

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Poema de Fiama Hasse Pais Brandão

7ª (A hera de Heraclito)   Jamais recuará esse rio. Encobriria a cara na sepultura de lodo, sem memória, sem o passado, só olhos na água ou ar visíveis (como orifícios na onda), pois tudo o que se vê logo desvia o olhar do pântano possível.   São as cordas De água que se ouvem […]

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Le Cemitière Marin à Sète

Le Cemitière Marin

Μή, φίλα ψυχά, βίον ἀθάνατον σπεῦδε, τὰν δ’ ἔμπρακτον ἄντλει μαχανάν. Pindare, Pythiques, III.  Ce toit tranquille, où marchent des colombes, Entre les pins palpite, entre les tombes ; Midi le juste y compose de feux La mer, la mer, toujours recommencée ! Ô récompense après une pensée Qu’un long regard sur le calme des dieux ! Quel […]

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«Do Ínfimo» no Brasil

Do Ínfimo está prestes a sair no Brasil, pela editora Penalux, de Wilson Gorj e Tonho França. É uma alegria ver chegar o meu primeiro livro de poesia ao Brasil. Agradeço também às minhas editoras portuguesas Gisela Ramos Rosa e Natacha Serrão, pelo convite que me fizeram para integrar a colecção Clepsydra, da editora Coisas de Ler. Por último, ao Prémio Glória de Sant’Anna, que me foi atribuído por esta obra, nas pessoas de Inez Andrade Paes, Andrea Paes e Ricardo Paes (filhos da poeta).

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Sessão em Hamburgo

A 3 de Maio estaremos (Professor Manuel Frias Martins, Renata Guadagnin e eu própria) em Hamburgo, a convite do Instituto Camões e da Universidade de Hamburgo, para celebrar a Festa da Língua Portuguesa. A Sessão terá lugar na Universidade de Hamburgo.   Renata Guadagnin e eu falaremos da poesia contemporânea brasileira e portuguesa, respectivamente, numa […]

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Rotas da Lusofonia

Se Pessoa se lê de formas diferentes, é ainda, no entanto, a sua alma que ressoa, a sua língua, tal como o é em Camões ou qualquer outro autor, de um lado ou de outro. Resta-nos a humildade (este é o gesto decente, o do reconhecimento) das vozes dos escritores, ficcionistas e poetas, de vários países, todos eles grandiosos, todos eles portadores de um espírito e de um tempo, de uma poética lavrando-se nesta terreno fértil da língua. E não poderia ser de outro modo, senão o de trazermos em nós memórias de outros tempos, de autores que nos antecederam e aqui chegaram, num solo comum. Porque a língua materna é a do canto da nossa mãe, em que ouvimos as primeiras histórias, as primeiras palavras, cheia de ressonâncias afectivas.

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