Eu não saberia nomear este frémito
que esconde a luz de uma ferida
nem a sombra, o desejo e a fome
cavando os meus dias, em silêncio.
que esconde a luz de uma ferida
nem a sombra, o desejo e a fome
cavando os meus dias, em silêncio.
Por instantes, acredito que voltarás
renasce a esperança como uma brisa suave,
Por vezes, a ferida já não dói,
e de repente o mar entra em mim,
o mar em forma de desejo, violento,
esse mar que há no teu olhar
e que em mim rasgou esta ferida.
As palavras não chegam, nunca.
Maria João Cantinho