
Virei de novo, como a chuva
Que abençoa a terra com a sua frescura,
Com o seu odor, que enlouquece os animais
E dá aos homens o poder de recomeçar
a vida, a cada estação que passa.
Virei, de olhos limpos, coração aberto
Para que me deslumbrem de novo
Os dias, o riso dos filhos, a luz do meu país,
E eu possa dizer-te: este é o meu lugar,
O lugar onde o meu corpo
conquista de novo a sua sombra,
o lugar onde o tempo se faz meu
e a minha língua regressa ao fogo da casa antiga.
Maria João Cantinho, O Traço do Anjo, Edium, Porto, 2011.
PRA de Jorge Bernardo
Parabéns, pelo teu “Regressar”, desejo que a imortalidade da tua poesia seja como a do lugar de onde partiste.
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Maria João Cantinho
:)))
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