
Isabel Ramos: o sentido da (des)ordem
Um universo inquietante, perturbador e isso seria ainda dizer pouco, pois não se trata apenas da estranheza das personagens, das leis que nos escapam, dos gestos que ultrapassam os seus autores. Há também aqui uma escrita que se destaca pelo seu rigor limpo, pela sua depuração que denuncia um trabalho moroso de escriba e uma agilidade na construção dos contos que revela um trabalho prévio de encenação, para encontrar no conto um acabamento perfeito. Uma escrita que revela, também, uma leitura (e transfigurada) de autores como Beckett ou Michaux, dos mestres do absurdo na literatura.
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