Os habitantes do jardim

Mas para quê/ Perturbar a poeira numa taça de folhas de rosa/ Não sei./ Outros ecos/Habitam o jardim. Vamos segui-los?/ Depressa, disse a ave, procura-os, procura-os/ Na volta do caminho. Através do primeiro portão,/ No nosso primeiro mundo./ Ali estavam eles, dignos, invisíveis (…). T.S.Eliot, Four Quartets Sentada na cadeira, a mãe ouvia os versos, balouçando-se […]

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No esplendor das coisas ameaçadas

Profano, profano, profano. Profano o tempo, profana a terra, profana a língua, profana a lei. Tempo e terra, língua e lei, sem outro tamanho que não aquele que por si próprios possam produzir. Causa e consequência, circunstância, condição, isso que a si mesmo, e contra a estrita ideia de civilização, se pesa, se mede e […]

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Da penumbra tocada pelo canto

A autora Isabel Aguiar é natural na Madeira e vive actualmente em Lisboa, licenciada em Literatura e professora de Português no Ensino Secundário. Estreou-se na poesia com a obra Bichos Instantâneos (com o grande poeta António Ramos Rosa), em 2002, em 2003 publica Nunca se Regressa ao Mesmo Lugar, regressa à poesia em 2014, com […]

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María Zambrano

A Dança da Metamorfose

Nunca compreendi o que era estar no tempo, o que era mudar, o que é agir. Sinto-me bem a moldar a metamorfose.    Maria Gabriela Llansol, Lisboaleipzig1, o encontro inesperado do Diverso, editora Rolim, Lisboa, 1994, p. 25. Incorpórea, a claridade da manhã dança. Quem não terá visto na claridade da manhã, na dança perfeita […]

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Que fazer quando tudo arde?

Ser-se fustigado(a) com a frase de Juncker, dizendo que a UE tem “um plano detalhado para a saída do Euro da Grécia” provoca-nos um calafrio, ainda que não de surpresa. É preciso “domesticar” os países europeus que viram na UE a sua esperança renovar-se com o sonho da saída de uma austeridade impiedosa. Apesar de […]

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Poema de Isabel Aguiar

… a única luz é um fio e não há nada a perder nunca há alguma coisa contrária à sua natureza o vosso rosto levanta-se com o sol o entorno é este pranto dos pássaros esperanto esperando-vos pão e côdea reunidos a caminho da mesma boca sem peixe o pássaro pode ser alcançado pelos gatos. […]

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Uma página na história contemporânea da Europa

No início, confesso, estava pouco crente na vitória do “Não”, apesar de o desejar. A chantagem a que o povo grego se encontrava submetido, em todos os aspectos, a pressão internacional e as privações que se fizeram e fazem (e farão) sentir na Grécia, deixava pouca margem à nossa imaginação europeia, já pouco acostumada às […]

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