Dois poemas inéditos

Tulcea   Tulcea, que agora se afunda nos braços da noite, deixa atrás de si o rumor quieto das águas e a oscilação calma dos barcos, numa despedida do verão. Deixo que a noite invada os rostos e que a escuridão engula as vozes, que cantam a nostalgia, sem nome.   Adormecerei neste lugar, em […]

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Walter Benjamin: Melancolia e Revolução

Em breve nas livrarias. Comecemos pelo paradoxo mais evidente, que, apesar de ter sido bastante analisado, nunca se nos afigura – e felizmente – tão claro e transparente como o desejaríamos: era Benjamin um pensador materialista ou teológico? Parece mais ou menos evidente que a conclusão não pode ser definitiva e creio que optar por […]

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Colecção Trás-os-Mares leva autores portugueses ao Brasil

A colecção Trás-os-Mares, da editora Circuito, de Renato Rezende e com curadoria minha (da parte de Portugal) já circula no Brasil. A colecção, que conta com as obras de Rui Nunes, «Noturno», António Cabrita, «Éter», Maria Da Conceição Caleiro, «Até o ano que vem em Jerusalém», Hélia Correia, «Adoecer», Jaime Rocha, «A Loucura Branca», teve […]

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Carta a Lula

Exmº Sr. Ex-Presidente da República do Brasil Lula da Silva, Há homens que lutam um dia, e são bons; há outros que lutam muitos dias, e são muito bons; há homens que lutam muitos anos, e são melhores; mas há os que lutam toda a vida, esses são os imprescindíveis! Bertold Brecht Peço desculpa por […]

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João Oliveira Duarte: um ensaio para compreender a obra de Bento de Jesus Caraça.

Como o afirmavam os filósofos e os cientistas do Renascimento e da idade Moderna, também em Bento de Jesus Caraça transparece a ideia racionalista do mundo como um livro aberto, no qual o homem precisa de (re)conhecer as cifras que nele se inscrevem para o poder ler. Todavia, como o salienta João Oliveira Duarte, a biblioteca enquanto ideia não se restringe apenas às suas relações de enumeração, ordenação, sistematização, tomadas à maneira do positivismo científico, mas suscita paradoxos que desassossegam uma compreensão simplista do arquivo e da biblioteca.

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O Prazer da Invenção: uma conversa com Nuno Júdice

Sem vida não haveria escrita. Mas essa conciliação decorre de uma disciplina que me obriga, diariamente ou quase, a escrever. E também a ler, embora essa leitura seja quase sempre uma releitura dos autores que me acompanham desde sempre, e que estão ao meu lado na estante: Herberto, Ruy Belo, Jorge de Sena, Drummond, Vinicius, Rilke, Ashberry, Eliot. e os que vou descobrindo, sobretudo da poesia anglo-americana, que é aquela de que me sinto mais próximo, depois da portuguesa. O último foi Robert Nye, com um poema delicioso publicado no TLS de 21 de dezembro sobre o milagre de Canaã.

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