O Lugar onde as coisas começam

Luís Quintais, Riscava a palavra dor no quadro negro, Cotovia, Lisboa, 2010. Luís Quintais começou a publicar em 1995, com um livro que se intitulava A Imprecisa Melancolia, o qual o colocou imediatamente em destaque, ao arrecadar o Prémio Aula de Poesia de Barcelona. Regressa em 1999 à poesia. Repartido entre uma carreira de antropólogo […]

Rate this:

Read More…

Fiéis ao desbaratar da luz

Fiéis ao desbaratar da luz Armando Silva Carvalho, Anthero, Areia & Água, Editora Assírio & Alvim, Lisboa, 2010. É o primeiro poema deste livro que dá o título à obra e começa assim uma obra que nos deixa sem fôlego: “Como todos acabamos, acabaste./Mas não acabaste como quase todos acabamos./Sentaste-te num banco de jardim,/Separado pelo […]

Rate this:

Read More…

O Rumor de um Corpo

Escuta o rumor de um corpo morrendo,no estilhaço da noite, vê como ele se enrola sobre a terra,como bebe a chuva que cai na fissura demente do seu corpo,na luz que alumia as suas entranhas, vê como abre os olhose decifra o que já ninguém sabe, o olhar fixo nas sílabas do céu,na morte que […]

Rate this:

Read More…

A sombra de uma árvore visita-me

A sombra de uma árvore visita-me. O seu rumor de seivaescoando-se antigo, nos veios da memória.Lembro-me agora como houve um pássaronas páginas deste livro, que me persegue em sonhos. Como certos objectos que nos perseguem, obstinadosno querer ser em nós, visitam-me as silhuetas de uma outraexistência demorada no silêncio,retraem-se, ampliam-se, esboçam o contorno invisíveldos nomes […]

Rate this:

Read More…

O sopro que nos beija

Para V. não há sombra nesse caminho que se adentra pela floresta a luz varre a folhagem, caminhamoscomo se caminha por dentro de um sonhosomos dançarinos gráceis e cantamossomos o vento, a esperançasomos a água tranquila de um lagoonde se demora o silêncio.Oh, voz sagrada, eco da terra,e caminhamos, lado a lado,quase sem sentirmos o […]

Rate this:

Read More…

Regressar

Virei de novo, como a chuvaQue abençoa a terra com a sua frescura,Com o seu odor, que enlouquece os animaisE dá aos homens o poder de recomeçara vida, a cada estação que passa. Virei, de olhos limpos, coração abertoPara que me deslumbrem de novoOs dias, o riso dos filhos, a luz do meu país,E eu […]

Rate this:

Read More…