Partes Lentamente da Vida

Partes lentamente da vida num barco ébrio de sangue onde se inscreve a pele da noite nesse festim. Dobras o vento, esse uivo que chega do Norte, nas pegadas de um silêncio  interdito e em que calas os nomes desenhados na lucidez das mãos. Ninguém lê as pedras, os sinais, Ninguém decifra o traço de […]

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Balada de Czernowitz

Ter-lhe-á dito que não era legítimo Escrever poesia nas costas dos mortos de Auschwitz. E que fazer, se os olhos lhe doíam e a língua queimava que fazer se o vidro lhe entrava tão dentro da pele e nada parecia sobreviver senão o som do violino compassando o ar vazio, o baque dos corpos o […]

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Dobrados

Dobrar o corpo ou a língua, tanto faz para que a sombra nos salve destes dias, sabes, em que nada parece  viver a não ser um certo modo de indigência a que todos se consentem, talvez por medo de não haver amanhã, ou uma grandeza qualquer as palavras trazem esse inferno, irrespirável insano, sem lugar […]

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Traço e Ruína na Obra de Nuno Júdice

No seu texto «Le Murmure», escreve Francis Ponge: “a função do artista é assim bastante clara: deve abrir uma oficina e aí tomar em reparação o mundo, fragmento a fragmento, tal como ele lhe aparece. Não por que se tenha por um mágico. Apenas como um relojoeiro.” (PONGE 1971, 193). A minúcia é uma arte que […]

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Jaime Rocha

O silvo do vento

Jaime Rocha, Lâmina, Língua Morta, Lisboa 2014 “A intensidade metafórica da sua obra, como se verá, é a matriz deste livro, que confirma o percurso de Jaime Rocha como uma voz única na poesia portuguesa actual. Os poemas que compõem o livro já tinham sido anteriormente publicados em antologias, jornais e revistas várias, no período […]

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Le Lieu de la Communauté qui vient : de la langue à venir à la théorie de la Critique chez Walter Benjamin

Le monde messianique est le monde de l’actualité totale et intégrale. Ce n’est qu’en lui qu’existe une histoire universelle. Ce qui est appelé aujourd’hui de ce nom, ne peut être qu’une sorte d’espéranto. Rien ne saurait lui correspondre tant que la confusion née de la tour de Babel subsiste. C’est qu’elle suppose une langue dans […]

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Antologia Poética Clepsydra, organizada por Gisela Ramos Rosa

Apresentação de Antologia Poética Clepsydra O vento, poeta, é o caminho. Amadeu Baptista Permitam-me começar com este verso do poeta Amadeu Baptista. Do mesmo modo, Gisela refere o “incerto” e o “indeterminado” como possibilidades de nomeação poética, como este verso me permite o acesso a esta antologia, ao abri-la ao acaso. Gisela Ramos Rosa diz […]

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